31/07/2015

Festival imaginário




"Festival imaginário" (brotherjames)

Fernando Magalhães
27.11.2001 150321

quote:

Publicado originalmente por brotherjames
F. Magalhães:

Entretanto e a propósito de Ken Wandermark, o que achas de Peter Brotzman? Sei que aprecias Chrome...os nomes MX-Sound e Debris dizem-te alguma coisa. Por aquilo que li faziam um som muito próximo dos Chrome.


Quanto aos músicos que referes.

Peter Brotzmann conheço mal. Devo ter para lá discos com ele. A ideia que tenho é a de um saxofonista com um estilo abrasivo.

DEBRIS, não conheço.

MX-80 Sound (penso que é este o grupoi que referes): Conheço o álbum "Hard Attack", gravado, se não estou em erro, na editora dos Residents (aliás, como os dois primeiros álbuns dos YELLO...). pós-Punk cibernético, anfetamínico. Na altura achei alguma piada.

CHROME é outra louça! "Half Machine Lip Moves" e "Red EXposure" (sobretudo este) são álbuns portentosos, mastodênticos, ameaçadores, industriais no sentido mais intenso do termo. Rock e electrónica nas mãos de feras mutantes.

Pós-punk na Uncut




"Pós-punk na Uncut" (brotherjames)

Fernando Magalhães
27.11.2001 140220

quote:

Publicado originalmente por brotherjames

Comprei pela primeira vez uma revista que não fazia parte da minha dieta: a Uncut. Foi um artigo de Simon Reynolds, que também escreve na Wire, sobre a cena pós-punk inglesa que me fez comprá-la. E que artigo! Percorre com depoimentos alguns dos momentos cruciais de um dos melhores períodos da música inglesa. Bandas como os PIL, This Heat, Pop Group, The Fall, Gang Of Four, A Certain Ratio, Josef K, Scritti Polliti, Alternative TV foram alguns dos protagonistas principais de uma cena, infinitamente superior aos new-romantics da treta ( Duran Duran, Human League, etc.), e cuja natureza Reynolds analisa muito bem. Ou seja quem quiser um bom antídoto para os textos de Nuno Galopim encontra-o aqui. Simplesmente imperdível. E aconselho-o a todos os forenses, sem reservas.
Entretanto fiquei com uma boa impressão da revista. Artigos sobre bons filmes (Straw Dogs, Apocalypse Now, o último do Carpenter) e um CD de graça. Nada mau.


Saudações


Dessa lista, os mais importantes são, na minha opinião, os THIS HEAT, grupo determinante no desenvolvimento do pós-rock. "This Heat" e "Deceit" são álbuns incontornáveis da década de 80. Charles Hayward, um dos elementos do grupo e, até hoje, nome importante das novas músicas fundou a seguir outro grupo excelente, cuja música é uma espécie de prolongamento menos radical dos This Heat, os THE CAMBERWELL NOW, autores do álbum "The Ghost Trade".

Os THE HUMAN LEAGUE foram outro dos grupos importantes para o pós-rock. Tornaram-se neo-românticos apenas a partir do álbum "Dare". Antes disso gravaram dois álbuns espantosos que todos os apreciadores de electrónica deveriam ouvir: "The Human League" e "Travelogue" (andam por aí disponíveis, a baixo preço, os CDs da Virgin). Mais para trás ainda, os HL faziam música industrial maolida (digamos assim), sendo considerados uma espécie de rivais dos CABARET VOLTAIRE. Nesse período gravaram o EP "The Dignity of labour", música belíssima, cujos temas foram incluídos como bonus tracks no CD de "Travelogue",

FM

tarde audiogalaxy




 "tarde audiogalaxy" (rat-tat-tat)

Fernando Magalhães
23.11.2001 200826

quote:

Publicado originalmente por rat-tat-tat
E alguma fusão electrónica/música clássica indiana? SFF



LÁSZLO HORTOBÁGYI - músico húngaro. Único. Inclassificável. Fez conferências sobre música tradicional indiana e toca uma espécie de folclore não só indiano como de outras regiões, num contexto de absoluta fantasia (do estilo inventar línguas novas e geografias absurdas...), tudo fundido em electrónica. Há uns anos escrevi uma página inteira sobre esta personalidade ímpar da música actual.

Aconselho os CDs: "Traditonal Music of Amygdala" (1991,o mais experimental e industrial), "Ritual Music of the Fomal-Hot-Al-Ganoubi" (1994, o universo de "Dune"...), "The Arcadian Collection" (1994) e "6th All Indian Music Conference" (1995). Todos ed. Erdenklang, com distribuição Megamúsica. Na Ananana (mas também já os vi noutras lojas), consegues encontrar alguns deles.

Os últimos álbuns são mais convencionais, na área da tecno/trance com influências étnicas.

FM

E pifo nias?




"E pifo nias?" (Fernando Magalhães)

Fernando Magalhães
22.11.2001 180656

E pifo nias (piada fonética), quem as não teve?

Por exemplo, gandas pifos no Baleal...não?...

Mas vamos lá ser sérios:

Tive uma grande epifania ao ouvir pela primaira vez o "Pawn Hearts", dos VAN DER GRAAF GENERATOR. Vieram-me as lágrimas aos olhos. Sério.

Na música, acho que foi mesmo a única epifania.

Também tive outra epifania ao descobrir o forum SONS. Descobri que podia ser idiota à vontade, que até havia gente que achava piada. :)

Epifanias (as que me lembro) no cinema (estilo, ficar em estado de choque): "2001 Odisseia no Espaço" (Stanley Kubrick), "Yellow Submarine" (George Dunning), "O Homem Elefante" (David Lynch), "Eraserhead" (idem), "A Hipótese do Quadro Roubado" (Raul Ruiz), "O Último Ano em Marienbad" (Alain Resnais), "Le Berceau de Crystal", (Philippe Garrel),
"O Contrato do Desenhador" (Peter Greenaway), "Videdrome" (David Cronenberg), "O Inquilino" (Roman Polansky), "Fantasia" (Walt Disney), "O Criado" (Joseph Losey), "A Festa de Babette" (não me lembro do nome do realizador), "Os Marx na Ópera", "O Cálice Sagrado" (Terry Gilliam/Monty Python), "Lilith e o seu Destino" (Robert Rossen), "Inserts" (John Byrum), "A Casa Maldita" (Robert Wise), "O Navio Farol" (Jerzy Skolimovsky).

Mas há mais...

FM

Audiciones Recientes




"Audiciones Recientes" (mn)

Fernando Magalhães
14.11.2001 180634

quote:

Publicado originalmente por mn

Na minha ultima incursão queria tb ter trazido o disco de Kubik (não havia nem sabiam o que era...) e algo dos Gong (fiquei na duvida sobre o que trazer - alguma sugestão?)




A trilogia "Radio Gnome Invisible, Pt.1: The Flying Teapot", "Radio Gnome Invisible, Pt.2: Angel's Egg" e "You". Fundamental. Na Carbono têm o "Angel's Egg" a 2000$00.

Os anteriores "Banana Moon" (mais um delírio pessoal de Daevid Allen) e "Camembert Electrique" (fase embrionária da consequente trilogia) também se recomendam.

Posteriores à trilogia, numa linha mais jazz rock, recomendo o "Shamal".

Para um fanático dos Gong aconselha-se igualmente a discografia dos anos 90, sobretudo "Shapeshifter" e "Zero to Infinity".

Depois, existe ainda uma infinidade de projectos paralelos de vários menbros dos Gong, em colectivos ou a solo. Mas aí é preciso estar já compeltamente "apanhado" pela música e filosofia dos "pot head pixies"...

FM

FM